Thursday, February 02, 2006

Monday, January 30, 2006

Saturday, January 28, 2006

Palestina


O meu nome é Yasser, tenho 12 anos e só penso morrer por ALÁ. Não que eu acredite muito nele, até porque onde eu vivo até ELE não deve gostar muito. Há sempre pessoas a morrer, tiros de todo o lado, soldados a gritar, mulheres a serem espancadas, pedras a voarem.

Odeio viver aqui, nunca pude brincar com os meus amigos na rua e os únicos brinquedos que tive foram-me dados pelo meu pai.

Mas ele já cá não está, "está com ALÁ, e está muito melhor que nós", diz a minha mãe. Foi morto por um soldado israelita numa operação militar.

Mesmo depois da morte de meu pai a vida não era assim tao má como agora, a primeira intifada tinha terminado e prometia-se a paz, mas nada disso aconteceu.

Eu não esperava nada do que aconteceu no dia 3 de janeiro, o meu irmão Kalifa de 18 anos saiu logo de manhã de casa, eu estranhei aquilo, afinal Kalifa já não andava na escola e por muito que tentasse ninguém lhe dava emprego em Israel.

Poucas horas depois soube que Kalifa tinha tentado passar a fronteira com um cinto de 5 quilos de explosivos e tinha sido morto pelos soldados.

Agora vivo na casa de familiares da minha mãe porque o exército destrui a minha casa e vivo com mais 13 pessoas.

E agora só penso morrer por ALÁ...

Friday, January 20, 2006

Admirável mundo novo


O livro "Admirável mundo novo" é um clássico datado de 1946. Mas a critica e a visão do totalitarismo do autor Aldous Huxley é algo muito actual. A história gira à volta duma sociedade no futuro em que as pessoas já não têm filhos, estes são criados artificialmente, crescendo sem pai nem mãe. Todos nasem e crescem sobre o olhar do estado, com o propósito de serem completamente felizes. Mas ninguém repara que a sua felicidade advém duma completa falta de liberdade de pensamento.

Desde bébes que todos os seres humanos são "condicionados", ou seja, repetem-lhes todos os dias as mesmas mensagens "somos muito superiores aos gamas..", para bem da sociedade e da ordem social.

Para que todos sejam iguais e acabe o individualismo e a personalidade de cada um. Para que possamos dizer "se todos o fazem porque não posso eu o fazer?", é o admirável mundo novo no mundo actual...

Sunday, January 01, 2006

Um filme lindo de morrer...


No outro dia fui ao cinema ver um filme lindo que realmente nunca mais vou esquecer, é absolutamente magnifico.
Deixo aqui uma sinopse tirada do Público on-line.

Numa pequena vila vitoriana, reprimida e melancólica, no século XIX, prepara-se o casamento de dois jovens tímidos que ainda nem se conhecem. Victor (voz de Johnny Depp) é filho de Nell e William Dort, um casal que enriqueceu com a indústria das conservas de peixe e aspira a ascender, apesar da sua falta de classe, à alta sociedade. Victoria (voz de Emily Watson) é filha de Mandeline e Finis Everglot, aristocratas de boas famílias, cheios de classe, bom nome e posição social, mas sem um tusto. Para contentar ambos os casais, os Dort e os Everglot resolvem casar Victor e Victoria. E apesar da timidez e contra todas as expectativas, Victor e Victoria apaixonam-se. Mas no ensaio do casamento, Victor atrapalha-se durante os votos e o padre manda-o decorar o texto. Victor embrenha-se então na floresta enquanto vai ensaiando os votos e quando já sabe tudo de cor enfia a aliança numa raiz de árvore. É então que uma bela noiva cadáver (voz de Helena Bonham-Carter) assassinada surge da terra para reclamar o seu noivo e arrasta Victor para a Terra dos Mortos. No entanto, apesar dos mortos serem bem mais divertidos e animados que os vivos, Victor só pensa em fugir da Terra dos Mortos e voltar para os braços da sua noiva Victoria. Depois de nos ter posto a todos a cantar com os Oompa-Loompas em "Charlie e a Fábrica de Chocolate", Tim Burton volta à animação com esta "Noiva Cadáver" (quem não se lembra de "O Estranho Mundo de Jack" que já encantara outros Natais?).