Wednesday, January 10, 2007

Para além de Bem e Mal


Estou a acabar de ler um pequeno livrinho de Nietzsche com o titulo "Para além de Bem e Mal". Dele já tinha lido outros, mas este deve ser o mais complexo. Já estou há um mês e meio completamente absorvido no seu livro.

A força de vontade, o desejo de poder, o ateismo ou a teoria do super-homem são algumas das teorias que gosto mais. A maneira como ele vê a moral (ou neste caso, a imoralidade), é simplesmente fascinante. Neste livro descreve a moral como ela é. Algo relativo e usado em proveito próprio, ou seja, se não for bom para nós, então, não serve. Todos nós somos produtores de valores morais, porque somos seres superiores e não precisamos de ter alguém que nos diga como nos comportar ou que atitudes tomar.

Nietzsche é o filósofo mais actual da sociedade contemporânea individualista em que vivemos.

Viva a revolução indústrial que permitiu uma maior qualidade de vida para muitas mais pessoas, em vez do igualitarismo mediocre da revolução russa em 1917, que instalou o regime comunista castrador e opressivo.

Os homens são profundamente desiguais, ao contrário do que diz o marxismo, e a sua finalidade é superar-se.

2 comments:

Anonymous said...

Pena haver tão poucos Homens com esta capacidade de ver as coisas.
O Homem, muitas vezes, menospreza-se a si próprio, construindo as suas próprias barreiras e obstáculos, ficando susceptível à sua própria identidade adulterada, ou seja, às fraquezas por si criadas. Porque o Homem não é fraco. Pelo contrário, compreende em si toda a força do mundo.
O homem nasce apenas com dois medos: o de cair e o do barulho. Os outros, vêm por acréscimo. Logo, com vontade e crença, em si próprio, o Homem é um ser capaz. Basta, apenas, acreditar.

Eduardo Morais said...

Claro que este ponto de vista é bastante atractivo, face até de quem o compreende, no entanto, se o livre arbítrio é tão sólido, e o homem tão capaz, porque está este sempre tão preso à sua condição animal de ser individual? ...Claro, que para quem estuda a evolução intelectual do homem, a ideia de sociedade constitui uma perspectiva de evolução... estudar Lawrence Kohlberg... O ser humano pode ser definido... segundo alguns teóricos, pode dizer-se que o Homem é em grande parte definido pelas suas experiências, não terá estado Nietzsche demasiado ocupado com o seu ego? Visto a sua compreensão ser unilateral... Pode explicar-se muita coisa através da "Teoria do Poder Individual" de Nietzsche mas será que explica a solidariedade e entrega sentidas?
Parece-me que o Relativismo de Nietzsche é na verdade um absolutismo moral próprio que aplica aos demais, sem compreender o seu inverso...
À claro, critique-me... Com os melhores cumprimentos e desejo de bons Posts