
Pelo que li no Diário de noticias os pedidos de videovigilância duplicaram em Portugal. Têm aparecido principalmente por parte de particulares, desde bancos, supermercados, entre outros.
Manuel Maria Carrilho prometeu a videovigilância para bairros inteiros como o Bairro Alto ou o Intendente. Estão a imaginar bairros inteiros sobre o olhar do "Big brother" 24 horas por dia? Eu não. Será que queremos um monte de câmaras a vigiar-nos constantemente?
O que virá a seguir? Uma cidade inteira vigiada? Então e depois será em nossas casas? Também sucedem crimes em casa.
E o que fariam as autoridades com toda essa informação? Não quero transformar isto numa teoria da conspiração, mas dá que pensar.
O candidato pelo PS à câmara de Lisboa vem com o argumento de condicionar a criminalidade, mas esta desceu em Portugal. O que acontece é que os meios de comunicação com o seu sensacionalismo dão prioridade a este tipo de noticias, criando nos individuos um medo exacerbado que não corresponde à realidade.
Além disso a criminalidade é um problema sócio-económico e certamente não é com câmaras que o vamos resolver.
Sobre esta matéria aconselho um livro de George Orwell, o 1984, em que dá uma visão do totalitarismo em que uma das bases do regime seria o constante policiamento do individuo através de câmaras. Deixo aqui uma frase do livro que espelha bem o conteúdo "A invenção da imprensa, no entanto, tornou mais fácil manipular a opinião pública, e o cinema e a rádio levaram ainda mais longe o processo. Com o desenvolvimento da televisão e os avanços técnicos que tornaram possivel emissão e recepção simultâneas através do mesmo aparelho, a vida privada acabou. Cada cidadão, ou pelo menos cada cidadão suficientemente importante para valer a pena vigiá-lo, pode ser mantido vinte e quatro horas debaixo dos olhos da policia e sob a influência da propaganda oficial, com todos os outros canais de comunicação cortados. A possibilidade de impor a todos os súbtidos não só obidiência absoluta à vontade do Estado, mas também uma absoluta uniformidade de opinião existe pela primeira vez."
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